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Das 828 casas destruídas nos fogos de há um ano na região centro, apenas 285 foram reconstruídas. Mas à Renascença, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro garantiu que até ao final do ano a maioria deverá ter as obras finalizadas.

“O processo é de facto muito complexo, das 828 habitações que considerámos como tendo condições para se enquadrarem no programa de apoio que o Governo, neste momento, temos concluídas 285, estão em obra 455 e estão sem execução cerca de 100”, contabilizou Ana Abrunhosa, acrescentando, que nesta última situação estão sobretudo apoios dados às famílias, as quais reportam dificuldades em encontrar empreiteiros.

A recuperação das casas destruídas pelos fogos de 15 e 16 de outubro de 2017 é financiada pelo Orçamento do Estado através do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente.

Os incêndios de outubro de 2017 atingiram 36 concelhos da região Centro e provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos. Destruíram, total ou parcialmente, perto de 1.500 casas e cerca de meio milhar de empresas.

Extensas áreas de floresta e de terrenos agrícolas foram igualmente destruídas. Em termos de floresta, foram consumidos 190.090 hectares, cerca de 45% da área total ardida durante 2017, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Os dois incêndios que, em outubro, destruíram maiores áreas ocorreram no distrito de Coimbra, nos concelhos da Lousã, onde foram atingidos cerca de 43.900 hectares, e de Oliveira do Hospital (perto de 43.200 hectares).