O chefe da delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em Albufeira foi detido esta quinta-feira pela PJ por suspeitas de corrupção.

Ao que a Renascença apurou junto de várias fontes policials ligadas ao processo, a detenção ocorreu ao início da manhã, à porta de casa do suspeito em Albufeira, quando saía para mais um dia de trabalho. Joaquim Patrício foi surpreendido por uma equipa da Judiciária, que não só lhe deu ordem de prisão, como realizou uma busca à sua residência.

A outra busca pedida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro foi ao seu gabinete na delegação do SEF de Albufeira, de onde a Judiciária levou tudo o que lhe possa servir de elemento de prova.

Em causa estão os indícios, recolhidos durante um ano de investigação, de que este inspetor-chefe do SEF recebia dinheiro para facilitar processos de concessão de autorizações de residência.

Nuns casos acelerava os processos, noutros fecharia os olhos a determinadas irregularidades, sendo que exigia como contrapartida quantias que podiam chegar a algumas centenas de euros.

Os investigadores têm identificadas algumas dezenas de casos, envolvendo cidadãos de várias nacionalidades, mas sobretudo indianos, paquistaneses e russos.

Este inquérito-crime começou há sensivelmente um ano e teve origem numa denúncia efectuada pelo próprio SEF, serviço que colaborou com o Ministério Publico e com a Judiciária durante toda a investigação.

Joaquim Patrício tem 56 anos e está a chefiar a delegação do SEF de Albufeira desde meados do ano passado, altura em que começou a ser investigado.