O primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se, esta segunda-feira, com a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande e ouviu pedidos de um pacto de regime, para que evitar que novas tragédias possam acontecer.

António Costa voltou a defender a importância da aposta na prevenção dos fogos e da limpeza e reordenamento da floresta.

O chefe do Governo garante que não há uma caça à multa, mas os portugueses têm que se habituar a cumprir a lei de limpeza do mato.

“O objetivo não é andarmos a cobrar coimas, o objetivo é que possamos ter um território mais seguro. Esta campanha foi muito importante para acabar o país para uma obrigação que está na lei há mais de dez anos. Enquanto houver condições climatéricas para que esse trabalho seja feito, é preciso continuar a fazer, mas as forças de segurança também têm que cumprir a sua função e proceder à autuação, porque temos que nos habituar a cumprir a lei nestes domínios.”

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião com presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande.

Nádia Piazza, a presidente da associação, apelou ao Presidente da República para que ajude na criação de um pacto de regime para a política florestal.

“Não podemos dar passos e depois bota tudo abaixo. Temos que construir um senso comum e faço um apelo muito grande ao senhor Presidente da República: chame as forças políticas, façamos algo a muito longo prazo”, apelou.

Para Nádia Piazza, é preciso apostar na agricultura para reconstruir o território que se encontra deserto de pessoas e de oportunidades quase um ano depois do grande incêndio.