A presidente da fundação "A comunidade contra a Sida", Filomena Frazão de Aguiar, denuncia uma redução de 35% das verbas para o tratamento das pessoas infectadas com o vírus VIH/Sida. Esta mudança "põe em causa o tratamento das pessoas infectadas", numa doença "que não tem visto inovação no tratamento".

Contactada pela Renascença, a presidente da fundação explica que a diminuição do financiamento registada pode por em causa "a liberdade de prescrição do médico e a efectividade do tratamento, em todos os hospitais", colocando em causa a vida dos doentes já que os "hospitais podem procurar não tratar novos doentes e estes podem não ser tratados com os medicamentos que garantem uma melhor qualidade de vida.

A mudança no sistema de pagamento aos hospitais do SNS para doenças como sida e hepatites que estabelece um valor fixo máximo de tratamento por doente. algo que, de acordo com a fundação "pode manter Portugal longe das metas europeias".

"A prevenção da doença, nos últimos anos, tem sido esquecida", acrescenta Filomena Frazão de Aguiar.