As aldeias dos concelhos mais afectados pelos incêndios deste Verão vão ter plantas de emergência à semelhança dos edifícios.

Esta é uma das medidas propostas pela unidade de missão para a valorização do interior, apresentou este domingo o documento, três meses depois da tragédia de Pedrógão Grande.

O coordenador, João Paulo Catarino, adiantou à Renascença algumas propostas em cima da mesa.

“A implementação de uma planta de emergência por aldeia igual à que temos hoje nos edifícios; as limpezas das faixas à volta das aldeias e da instalação da rede primária nas linhas de cumeada com faixas sem árvores para compartimentar a floresta neste território; implementação do cadastro simplificado que será iniciado por estas áreas”, disse.

Algumas das medidas podem avançar no imediato, mas outras têm um prazo de concretização que vai até aos cinco anos.

Para já, a mais urgente é a recuperação das áreas ardidas antes do início da época das chuvas.

O programa apresentado este domingo vai avançar como projecto-piloto nos municípios mais afectados pelos incêndios (Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã), podendo mais tarde ser replicado noutras regiões do país.

A área florestal ardida este ano em Portugal é mais do triplo da média dos últimos dez anos. Os dados são do relatório provisório de incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Flores (ICNF), relativo a todo o período deste ano até 31 de Agosto.

Quanto ao incêndio que provocou mais área ardida começou no distrito de Castelo Branco e estendeu-se até ao distrito de Santarém. Foi o incêndio da Sertã que consumiu 29.752 hectares.

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