A explosão num prédio em Alfama, Lisboa, provocou seis feridos, dois deles graves, disse o vereador responsável pelo pelouro da segurança e protecção civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro.

Os feridos estavam todos dentro do edifício e, segundo o vereador, alguns são estrangeiros.

Em causa está um edifício de cinco pisos, no número 59A da Rua dos Remédios, dentro do qual estavam 13 pessoas.

"Sete [pessoas] ficaram desalojadas e seis foram tiradas devido à explosão -- estão com queimaduras -- e foram para o hospital", precisou, falando em dois feridos graves.

Carlos Castro, que falava aos jornalistas no local pouco depois das 21h00, disse que há perigo de a fachada do prédio ruir.

Questionado se os prédios adjacentes podem ser afectados, indicou que "essa é uma avaliação que terá de se fazer ao longo da noite".

"Vamos garantir as condições de estabilidade desta área, mas vai ser um trabalho complexo", admitiu.

O vereador especificou que se registaram duas explosões, uma das quais deu origem ao incêndio, mas apontou que ainda não são conhecidas as causas nem se sabe em qual dos andares começou.

A agência Lusa constatou no local que os dois últimos andares do prédio, utilizados para alojamento local, são os mais afectados, tendo ruído a varanda e o telhado do último piso.

Dois outros andares destinam-se a habitação e no rés-do-chão existe um escritório e uma mercearia.

Apesar de o fogo ter sido dado pelos bombeiros como extinto pelas 20h13, pelas 21h20 ainda se viam chamas devido a "um reacendimento", segundo o vereador.

Moradores do prédio ouvidos pela Lusa relataram que, desde há cinco meses, se sente um cheiro a gás no edifício, razão pela qual foram várias vezes chamados técnicos da electricidade e do gás. Hoje, isso também aconteceu.

No local estão cerca de 60 operacionais, entre sapadores, bombeiros voluntários, INEM, PSP e Polícia Municipal.

[actualizado às 22h14]