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O grande incêndio de Pedrógão Grande destruiu 63 casas, atingiu 25 empresas e pôs em causa 270 postos de trabalho.

O balanço ainda provisório foi avançado, este sábado, pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, e é referente aos concelhos de Pedrógão, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.

O governante falava aos jornalistas durante uma visita às zonas devastadas pelo fogo, que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

Pedro Marques afirmou que as condições legais e operacionais da limpeza das bermas das estradas terão de ser analisadas.

"É um processo que, como tudo o que ocorreu, tem de ser analisado", disse o membro do executivo.

Pedro Marques recordou que a concessionária, a Ascendi, fez uma "ceifa integral até aos três metros" da faixa de combustível próxima à estrada nacional 236-1, entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, onde morreram a maioria dos 64 mortos provocados pelo incêndio.

"Há muita complexidade no acesso à propriedade privada. Há um conjunto de características que torna mais difícil aquilo que é a limpeza a dez metros, que já é uma limpeza selectiva, que já não implica abate de árvores", notou o ministro do Planeamento e Infraestruturas.

No entanto, Pedro Marques referiu que "há muito trabalho a fazer, nomeadamente o acesso a propriedades privadas e a complexidade desse processo".

Segundo o ministro, há que apurar "se as condições legais e operacionais que existem são as adequadas em situações como esta".

Apesar disso, o membro do executivo socialista frisou que "um fogo daquelas condições não é com três ou dez metros de limpeza" que é travado.