Marcelo Rebelo de Sousa criticou esta segunda-feira, nas Conferências do Estoril, os hipernacionalismos, a intolerância e a reacção básica e populista de certos líderes mundiais ao fenómeno das migrações.

Sem nunca referir nomes concretos, o Presidente da República afirmou que a resposta militar faz, em certos momentos, sentido para evitar ameaças externas, mas no caso concreto das migrações essa resposta tem de ser cultural.

“É muito mais importante não ceder à tentação de ser securitário, de abolir a liberdade, de sacrificar a democracia, de pôr em causa princípios básicos da nossa vida comum”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o Presidente da República, estes princípios têm de ser defendidos contra os populismos que florescem em várias partes do mundo.

“Ser-se populista, em certo momento, pode ser tentador, podem pensar que no curto prazo ganham, mas perdem no médio e longo prazo, porque a vitória não é deles, a vitória é dos princípios”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Nas Conferências do Estoril, o chefe de Estado deu o exemplo do trabalho que Portugal no acolhimento de imigrantes.