A Polícia Judiciária deteve um pastor que está “fortemente indiciado” pela prática de um crime de incêndio florestal que ocorreu em Janeiro, na Serra do Alvão, em Vila Real.

A detenção do homem, de 53 anos, foi feita pela Unidade Local de Investigação Criminal da PJ de Vila Real, com a colaboração do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA), da GNR.

O incêndio ocorreu no dia 17 de Janeiro, cerca das 17h00, e consumiu uma área de 250 hectares de mancha florestal, constituída por mato e pinheiro bravo de regeneração natural.

O fogo colocou em perigo as habitações da aldeia de Cravelas, localizada na serra do Alvão.

Este incêndio mobilizou perto de uma centena de operacionais, que contaram com o apoio de 26 viaturas. O vento forte e o mato seco dificultaram o combate às chamas e foi já, durante a madrugada, que as baixas temperaturas ajudaram a apagar o fogo.

O detido vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coacção.

As chamas já consumiram este ano 13.530 hectares, uma área ardida dez vezes superior ao mesmo período de 2016, segundo números avançados pelo secretário de Estado da Administração Interna no Parlamento. Na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, Jorge Gomes adiantou que os fogos também aumentaram entre Janeiro e Maio deste ano, tendo deflagrado, até ao momento, 4.839, mais 3.951 do que no mesmo período de 2016, quando se registaram 888.

Este ano, a área ardida situa-se nos 13.530 hectares, enquanto no mesmo período de 2016 existiam 1.203 hectares de florestas consumida pelas chamas.