A chuva e a descida da temperatura vão marcar o início do Equinócio da Primavera, prevendo-se a partir de terça-feira também queda de neve acima dos 1.600 metros, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, o Equinócio da Primavera começa hoje às 10h29.

“Neste início de semana vamos ter uma descida das temperaturas máxima e mínima. Hoje ainda vamos ter um dia com céu pouco nublado ou limpo em todo o território, mas, amanhã [terça-feira] já vamos ter um dia muito diferente”, disse o meteorologista Ricardo Tavares.

Na terça-feira prevê-se precipitação em geral fraca nas regiões do Norte e Centro e depois estendendo-se gradualmente às restantes regiões e vento de noroeste a soprar fraco a moderado, temporariamente moderado a forte nas terras altas.

“De referir que na terça-feira está prevista queda de neve acima dos 1.600 metros logo no início do dia e gradualmente a quota vai descendo até aos mil metros”, adiantou.

O meteorologista destacou também que até quarta-feira está prevista uma baixa acentuada das temperaturas. “Estamos a falar de uma descida para hoje nalguns locais entre os 3 e os 6 graus da temperatura máxima. Amanhã [terça-feira] uma descida entre os 3 e os 6 e na quarta da mínima e máxima entre os 2 e os 4 graus. A descida vai ser ao longo dos três dias e o valor da descida não é igual em todas as regiões do território”, disse.

“A partir do final da semana a tendência é para as temperaturas começarem a subir, mas vão manter-se baixas ao longo dos próximos dias. Vamos ter um início de Primavera molhado e frio”, disse.

Segundo informação disponível na página do Observatório Astronómico de Lisboa, em 2017, o Equinócio da Primavera às 10h29. “Este instante marca o início da primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 92,79 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Junho às 5h24”, é referido.

Pólenes com níveis muito elevados

Entre hoje e sexta-feira, os níveis de pólenes vão estar elevados em várias regiões do continente, adianta a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), que vai divulgar um Boletim Polínico todas as semanas e durante a primavera, estação propícia a alergias, que começa esta segunda-feira.

Os pólenes predominantes em Portugal continental serão das árvores pinheiro, plátano, cipreste e carvalhos e das ervas urtiga e parietária.

Em Lisboa (região de Lisboa e Setúbal), os pólenes encontram-se em níveis muito elevados, com predomínio dos pólenes das árvores plátano, pinheiro, cipreste e carvalhos e das ervas urtiga e parietária.

No Porto (região de Entre Douro e Minho), os pólenes encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes das árvores cipreste e pinheiro e da erva urtiga.

A SPAIC adianta também que no Funchal (região autónoma da Madeira), os pólenes encontram-se em níveis baixos, com destaque para os pólenes de cipreste e erva parietária.

Em Ponta Delgada (região autónoma dos Açores), os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, plátano e cipreste e da erva urtiga.