O Instituto do Sangue apela às dádivas. Numa altura em que o país atravessa uma vaga de frio e vários casos graves de gripe, o presidente João Paulo Sousa avisa que as reservas de sangue estão a baixar.

“Para prevenir o futuro com tempo, porque isto não se resolve de um dia para o outro, temos vindo a pedir aos dadores habituais para, se ainda não o fizeram este ano, darem sangue assim que possível”, afirma à Renascença.

João Paulo Sousa explica que o nível de reservas de sangue “neste momento é estável, mas dado o surto de gripe, que irá continuar nos próximos dias, é natural que haja uma diminuição no número de colheitas”.

Isto, porque “sempre que há surto de gripe com alguma dimensão tem havido diminuição do número de colheitas. É algo sazonal”. Ainda assim, a redução é na ordem dos 20%.

“Não põe agora em risco o abastecimento de sangue, mas temos de estar alerta com as medidas necessárias e uma delas é pedir dádivas”, avança o presidente do Instituto do Sangue.

São necessários todos os tipos de sangue, ainda que os mais utilizados, como o “O negativo”, sejam mais afectados, tal como os mais raros.

João Paulo Sousa sublinha que as dádivas de sangue não diminuíram por falta de comparência dos dadores habituais. “Acontece é que não é feita a colheita a muitos dos que comparecem, porque estão doentes, com síndromes gripais ou em situações de fragilidade em termos de saúde. A colheita não é feita por questões de segurança”.


[Actualizada às 7h30 de dia 16/01/2017]