A Via Verde, a Fertagus e a Novabase apresentaram esta quarta-feira de manhã o projecto-piloto que torna possível que o título de transporte passe a estar disponível em qualquer telemóvel.

Trata-se do Via Verde Mobilidade que pretende mudar para melhor a vida dos utilizadores de transportes públicos.

Para já, o projecto-piloto foi lançado na Fertagus, que para além dos comboios na Ponte 25 de Abril, também tem carreiras de autocarros na margem sul.

Manuel Garcia, responsável de projecto da Novabase, empresa que desenvolveu a aplicação, explicou à Renascença que basta descarregar a aplicação, fazer um registo prévio e utilizar os transportes da Fertagus.

A aplicação tem também a vantagem de escolher “o melhor preço a aplicar” à viagem feita, sublinha Manuel Garcia.

“Eu não tenho sequer de me preocupar em conhecer a estrutura de preços do operador. A app [aplicação] tem um conjunto de algoritmos que optimiza a minha viagem ou o meu conjunto de viagens”, diz.

O responsável pelo projecto afirma que a intenção é que a aplicação possa ser aplicada a todos os transportes públicos.

“Isto é uma app que foi feita para todos os operadores, não depende de um operador. Nós procurámos minimizar o investimento dos operadores, precisamente para tornar fácil que seja rapidamente colocada à disposição de todos os utentes de transportes públicos”, explica.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, marcou presença no lançamento deste projecto-piloto. O governante estreou o sistema na estação da Fertagus do Pragal.

“Aproveita-se uma rede já muito alargada de utilizadores da Via Verde e cria-se uma nova funcionalidade que permite, quer aqueles que já têm Via Verde, quer a outros que venham a aderir especificamente para este efeito, uma relação com o transporte público completamente diferente”, garante.

Pedro Marques explica qua basta usar “uma pequena aplicação no telemóvel muito simples, como eu próprio utilizei há pouco e viram de grande simplicidade de utilização”.

“O telemóvel é o seu bilhete, é o seu título de transporte e basta”, remata.