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Arderam mais de 103 mil hectares desde o início do ano, em Portugal, uma área equivalente a 103 mil campos de futebol. Os dados são do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e constam do relatório provisório sobre incêndios florestais.

Este ano até houve menos ocorrências do que em 2015, diz o documento, mas a área afectada é maior: cerca de três vezes superior à média registada entre 2006 e 2015.

Mesmo com 2.600 fogos, no ano passado a área ardida ficou abaixo dos 50 mil hectares. Este ano, a área florestal foi devastada por pouco mais de 1.500 incêndios e, só na primeira quinzena de Agosto, a área ardida estava contabilizada em mais de 93 mil hectares, quase 93% da área total ardida em Portugal Continental até essa data. Um verdadeiro recorde de destruição da floresta.

O distrito de Aveiro é o mais afectado, com 41 mil hectares destruídos. Só no concelho de Arouca estão mais de 60% da área afectada pelas chamas: mais de 25 mil hectares num único fogo – aquele que começou na freguesia de Janarde e alastrou ao concelho vizinho de São Pedro do Sul, já no distrito de Viseu.

O concelho de Viana perdeu 30% da sua floresta.

A falta de meios para combater tantos incêndios tem, como todos os anos, sido discutida e a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, anunciou a criação de um grupo de trabalho para fazer a reforma da floresta e “tratar, de uma vez por todas, da prevenção estrutural” dos incêndios.

A verdade é que muitos incêndios tiveram mão criminosa. Até esta sexta-feira, a Polícia Judiciária identificou e deteve 40 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal. O perfil do incendiário já foi definido.

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