O estado de alerta laranja vai ser prolongado pelo menos até domingo, dia 14, anunciou esta quinta-feira o secretário de Estado da Administração Interna, no final de uma reunião com representantes de todos os grupos parlamentares.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Jorge Gomes disse que as previsões para os próximos dias são assustadoras e esperam-se aumentos de temperatura de dois a quatro graus.

“Estamos preparados porque vamos ter mais alguns dias de extrema severidade em termos de calor. Esperamos que o vento abrande. Se o vento não abrandar vai ser um pouco complicado, mas estamos cá para resistir, apoiar as populações e dar muita força as mulheres e homens que estão no terreno para defender tudo o que é gente e património.”

Questionado sobre um possíbvel reforço dos meios no terreno, o secretário de Estado deixou essa hipótese em aberto.

"Vamos ter rum reforço dos meios. Temos os meios que o dispositivo integra, são 10 mil operacionais. Depois temos outros meios mobilizáveis que poderão ser destacados. Ha outros dez mil homens e mulheres que são voluntários e que respondem quando são chamados. Já tivemos um dia em que foram chamados 1.500", adiantou Jorge Gomes.

Em relação às críticas de falta de solidariedade europeia, Jorge Gomes afirmou que "a Europa não foi tão pronta para nós" como, por exemplo, o Governo de Lisboa foi para a Madeira.

"Os outros países também têm os seus problemas e não têm disponibilidade. Um esforço qualquer país pode fazer. Quando fomos solicitados pela Madeira para dar uma ajuda, fizemo-lo com todo o gosto e estávamos num momento de grande desespero e essa solidariedade existiu e continuará a existir sempre que seja necessário. A Europa não foi assim tão pronta pra nós, mas isso não deixa de nos motivar na mesma."

Jorge Gomes destaca a ajuda que chegou de Espanha e de Marrocos e da disponibilidade manifestada pela Rússia. O Governo está a "avaliar se valerá ou não a pena virem esses meios aéreos russos".

O secretário de Estado da Administração Interna remeteu para o Parlamento alterações à lei para que seja possível ter medidas mais duras de coacção sobre alegados incendiários.

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