As associações representativas dos taxistas saíram descontentes de uma reunião, esta terça-feira, em que o Governo insistiu na legalização de plataformas de mobilidade como a Uber e admitem tomar medidas contra aquilo que chamam de liberalização do sector.

A ANTRAL – Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e a Federação Portuguesa do Táxi (FTP) tinham pedido a reunião ao ministério do Ambiente, que tutela o sector, depois de o Governo anunciar que pretende regulamentar a actividade de plataformas de transporte em automóveis descaracterizados, como a Uber e a Cabify.

“Isto há muita coisa que está escuro, para mim. Muito escuro. De forma que nós, associações, teremos que mobilizar o sector e, já que o Governo não tem intenções de fazer parar estes senhores que andam a trabalhar ilegalmente, porque estão ilegais, se calhar terá de ser a indústria a fazer para que isso venha a acontecer”, disse, no final do encontro, o dirigente da ANTRAL Florêncio Almeida.

Almeida não quis especificar que medidas poderão ser tomadas pelos taxistas: “Muita coisa se poderá fazer e com toda a certeza que daqui para o futuro caberá ao Governo todas as responsabilidades de algo que venha a acontecer na sociedade. Porque elas vão acontecer com toda a certeza.”

A Uber e a Cabify são plataformas online que permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros, com uma aplicação para smartphones que liga quem se quer deslocar a operadores de transporte.