Foi absolvida do crime de difamação a mãe de um jovem que morreu na sequência de agressões durante uma praxe, na tuna da Universidade Lusíada de Famalicão, em 2001.

Maria de Fátima Macedo sentou-se no banco dos réus por nomear, em entrevistas à comunicação social, os suspeitos da morte do filho.

De acordo com o jornal “Público”, a juíza considerou que a arguida não teve intenção de ofender e apenas se limitou a expressar aquilo que era a sua convicção, com base do que conhecia do processo-crime à morte do filho, que acabou por ser arquivado.

No início do julgamento, em Maio deste ano, Maria de Fátima Macedo declarou que nunca pretendeu “difamar ninguém nem ofender a honra fosse de quem fosse”.

"Falei naqueles nomes porque eram os que constavam do processo-crime e o que pretendia ao dar as entrevistas era não deixar cair o assunto no esquecimento e saber quem matou o meu filho", explicou à magistrada do Tribunal da Maia, no distrito do Porto.

A queixa de difamação foi apresentada por Olavo Almeida, um tuno agora com 39 anos, que alegou estar "saturado" de o seu nome ser "sistematicamente" falado na comunicação social sempre que acontecem episódios trágicos nas praxes académicas.

Em 2001, o filho da arguida, aluno da Universidade Lusíada de Famalicão, morreu na sequência de uma praxe, tendo o tribunal considerado provado, apenas em 2009, que a causa da morte foi uma pancada na nuca com uma revista e condenado a universidade a pagar à mãe uma indemnização de 90 mil euros.

Contudo, os culpados directos nunca foram encontrados e o processo-crime foi arquivado por falta de provas em 2004.