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A polícia aconselha quem vive ou trabalha em Lisboa e no Porto a optar esta sexta-feira de manhã pelos transportes públicos. O protesto de taxistas contra a empresa de serviço de transporte privado Uber promete causar grandes problemas de circulação.

As duas organizações que representam o sector dos táxis esperam a participação de milhares de viaturas nas marchas lentas desta manhã.

Em Lisboa, a concentração está marcada para o Parque das Nações, onde estão concentrados dezenas de taxistas desde as 8h00 no Campus da Justiça.

Os motoristas partem às 9h00 em marcha lenta com destino à Assembleia da República, passando pelo aeroporto, Rotunda do Relógio, Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida Estados Unidos da América, Entrecampos, Avenida da República, Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da Liberdade, Rossio, Rua do Ouro, Câmara de Lisboa, Avenida 24 de Julho, Rua D. Carlos I e Assembleia da República.

Os taxistas pretendem ainda levar as famílias, que, no início da rua D. Carlos I, devem seguir a pé até ao parlamento com os carros atrás. Na Assembleia da República, os trabalhadores querem ser ouvidos pelos partidos.

O subcomissário Hugo Abreu, da PSP, recomenda a utilização de transportes públicos, mas espera que os cortes de trânsito sejam pontuais.

O protesto vai também ser realizado no Porto, onde são esperados dois mil carros na concentração, que se inicia pelas 9h00 junto ao Castelo do Queijo e irá terminar na Câmara Municipal, onde os manifestantes serão recebidos pelo presidente Rui Moreira.

Cerca de 120 táxis concentraram-se junto ao Estádio do Algarve, tendo iniciado às 9h05 uma marcha lenta, até à câmara de Faro, de protesto contra a Uber e outros meios de transporte ilegais.

Esta iniciativa, organizada pela Antral - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e pela FPT - Federação Portuguesa do Táxi, é o culminar de uma semana de luta destas duas associações para pressionar o Governo a suspender a actividade da Uber.

O serviço de transporte Uber permite chamar um carro descaracterizado com motorista privado através de uma plataforma informática que existe em mais de 300 cidades de cerca de 60 países.

Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, exige que a Uber que seja proibida de actuar em Portugal.