Mais de metade dos bebés nascidos em Portugal no ano passado eram de pais que não estavam casados, segundo dados do INE, o que marcam uma mudança, já que até 2015 a maioria dos nascimentos ocorreu dentro do casamento.

As Estatísticas Vitais do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgadas esta quinta-feira, referem que, em 2015, a proporção de nascimentos “fora do casamento” aumentou para 50,7% (49,3% em 2014 e 41,3% em 2010).

Segundo o INE, este aumento tem sido “particularmente influenciado pelo aumento da proporção de nascimentos fora do casamento sem coabitação dos pais”.

Os dados apontam que dos 50,7% dos nascimentos ocorridos fora do casamento (de pais não casados), em 16,3% dos casos os pais não viviam juntos (15,8% em 2014 e 9,2% em 2010).

O ano passado também marcou uma interrupção nas baixas consecutivas no número de nascimentos que se verificavam desde 2010.

Nasceram mais meninas

Entre 2010 e 2015, o mês de Setembro é aquele em que se observa o maior número de nascimentos de crianças com vida (excepção em 2011 em que o mês com maior número de nascimentos foi Julho).

Por outro lado, o mês com menor número de nascimentos tem sido o mês de Fevereiro (excepção também em 2011 em que o mês com menor número de nascimentos foi Abril).

No ano passado, nasceram mais meninos do que meninas, 43.685 e 41.815, respectivamente, indicam os dados que têm origem na informação registada nas Conservatórias do Registo Civil até Março de 2016.

Relativamente à idade das mães, verificou-se uma diminuição de 1,3 pontos percentuais, entre 2010 e 2015, na proporção de nascimentos cujas mães tinham menos de 20 anos e uma diminuição de 6,4 p.p. nas mães entre os 20 e os 34 anos.

Em contrapartida, verificou-se um aumento de 7,7 p.p. nas mães que tiveram bebé com 35 ou mais anos.