As provas de aferição no ensino básico estão marcadas para 6 e 8 de Junho, mas até agora não se sabe quais as escolas que as vão realizar. A decisão está nas mãos dos directores escolares, que dispensam este tipo de autonomia.

“Os directores vão ter de tomar uma decisão e, na maior parte dos casos, vão ter de tomar uma decisão contra a opinião de uma boa parte dos professores nas escolas. É uma situação muito pouco simpática, que cria conflitos que eram perfeitamente evitáveis”, afirma à Renascença o presidente da Associação de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira.

Só as escolas que não querem fazer as provas de aferição no segundo, quinto e oitavo anos têm de o comunicar à tutela e justificar a sua decisão.

Muitos professores são contra a realização das provas, pelo que também Filinto Lima, presidente da outra associação de directores de escolas, admite que muitas decisões não serão tomadas de forma pacífica.

“É evidente que o director não quer autonomia para tomar este tipo de decisões”, diz.

Do lado dos pais, Rui Martins, da Confederação Nacional de Pais e Educadores, classifica a actual situação de “bagunça”.

“É natural que os pais andem completamente desorientados, não se sabe o que vai ser feito em cada uma das escolas e, portanto, isto é um pouco uma bagunça – para chamar em gerigonça – que entendemos que se calhar não havia necessidade”, reclama, considerando que “isto não vai trazer bom resultado”.

Os directores têm até dia 29 de Abril para tomar uma decisão.