O crescimento do sector do Turismo em Portugal não é fruto de uma moda. Foi a ideia que João Cotrim Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, deixou na última sessão de trabalho do Congresso da Associação Portuguesa daa s Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre no Algarve.

Desde 2009 as receitas de turismo cresceram quase 65% e em hóspedes 35%, sendo que o crescimento dos estrangeiros foi muito superior a 50%.

As previsões de receitas para este ano são cerca de 11 mil milhões de euros, mais mil milhões de euros do que o ano passado.

E para João Cotrim Figueiredo esse crescimento não tem nada a ver com modas ou com os efeitos da Primavera Árabe.

Já são resultados consistentes. Desde 2010, apenas 10% dos 3,3 milhões de turistas a mais que chegaram a Portugal fugiram a destinos do Mediterrâneo que se tornaram mais perigosos.

Também não é por ser mais barato porque na hotelaria, os preços médios têm vindo a crescer mais que a concorrência.

E há turistas a mais? Cotrim Figueiredo diz que por enquanto não, mas é um factor a ter em conta para o país não perder as suas características.

Estes são alguns dos mitos ligados ao crescimento do turismo que Cotrim Figueiredo fez questão de desfazer.

Ainda a fazer contas, o presidente do Turismo de Portugal lembrou que os cofres do estado recebem diariamente 20 a 25 euros em impostos pagos por cada turista em alojamento, refeições e bens e serviços adquiridos. Uma receita a não desprezar.