O Presidente francês delegou no ministro das Finanças, Michel Sapin, a análise das queixas da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES.

Numa carta do gabinete de François Hollande, a que a Renascença teve acesso, promete-se aos lesados do BES que o assunto não ficará esquecido.

Os lesados queixaram-se do Governo português à Comissão Europeia, à Alemanha e a França, contestando a forma como foi aplicado o regime da resolução bancária no caso do Banco Espírito Santo - cujos activos tóxicos foram convertidos num banco mau, pondo em causa a recuperação do dinheiro de centenas de clientes.

O advogado dos lesados, Nuno Silva Vieira, diz à Renascença que a carta de Hollande merece uma interpretação menos simpática para Lisboa.

Nuno Vieira destaca a celeridade com que o caso foi analisado pelo Governo de François Hollande e admite que a sua intervenção pode despoletar uma resolução rápida para os portugueses que ficaram sem o seu dinheiro aquando da resolução do BES.

O advogado dos indignados do papel comercial do Banco Espirito Santos, acredita que a solução pode estar para breve, admitindo que António Costa deverá ser mais sensível a esta questão.

Para além da resposta de François Hollande, a associação dos indignados e enganados do papel comercial do BES já obtiveram resposta por parte de Jean Claude Juncker e Donald Tusk. Só falta Angela Merkel.