Ghandi nasceu a 2 de outubro de 1869. Era tímido, mas isso não o impediu de defender a justiça e a paz.

Sabendo que era impossível desafiar diretamente o poder militar britânico, optou por ações de desobediência. Sempre pacíficas.

Um dos episódios mais marcantes ficou conhecido como a Marcha do Sal. Aconteceu em 1930. Durante mais de 24 dias, Ghandi e os seus seguidores percorreram quase 200 quilómetros em direção ao mar.

Ao início, o grupo era composto por 78 pessoas. No final da marcha, já eram 60 mil.

Ghandi era advogado, tirou o curso de Direito em Inglaterra. Na sua opinião, a advocacia servia para apurar a verdade – mais do que para incriminar a pessoa que praticou o delito.

“Aprendi a descobrir o lado bom da natureza humana e a entrar nos corações dos homens. Percebi que a verdadeira função de um advogado era unir partes separadas", escreve na única obra que deixou.

O livro chama-se: “A história das minhas experiências com a verdade”.

Durante todo o processo de rebelião indiana, muitos se perguntaram como é que um homem de aparência tão frágil conseguiu derrubar um império.

O Comité Nobel sueco lamenta a falta de nunca lhe ter atribuído o prémio. Quando Dalai Lama foi o galardoado, o presidente do Comité afirmou que, em parte, era também uma homenagem à memória de Mahatma Ghandi – Grande Alma, na tradução para português.

Neste mês em que se assinalam os 150 anos do nascimento de Ghandi, termino com uma frase desta Grande Alma: “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja, não quer dizer que ele esteja sujo por completo”.