Todas as decisões que tomamos devem ser ponderadas, principalmente as que envolvem grandes quantias de dinheiro emprestado. No que toca a taxas de juro, qual devemos escolher na hora de pedir dinheiro ao banco? Fixa ou variável?

Como o próprio nome indica, a taxa variável oscila em função das flutuações das taxas de referência no mercado.

A taxa fixa é contratada entre o cliente e a instituição de crédito. Aconteça o que acontecer, é aquele valor. Nem mais nem menos.

Contudo, os dados do Banco de Portugal indicam que os consumidores que contraem novos créditos continuam a preferir juros variáveis, beneficiando da taxa Euribor em valores negativos.

Mas a taxa fixa começa a ganhar adeptos. Imagine que contrai um crédito e escolhe a Euribor a seis meses. O valor da prestação aumenta ou diminui conforme as taxas que estão a ser praticadas no mercado durante esse meio ano.

Mas, se quer mesmo comprar casa ou quer um crédito pessoal para concretizar aquele projeto profissional e quer saber qual é a taxa que mais compensa, aqui fica um exemplo para se situar na realidade.

Imagine que tem entre 35 e 40 anos e quer comprar casa para habitação permanente: um T1, que custa 100 mil euros.

O pedido de financiamento do imóvel corresponde a 80% do seu valor, ou seja, 80 mil euros. O seu rendimento disponível é de 1.250 euros e dá 15 mil euros anuais.

Agora, imagine que escolhe uma taxa fixa a 15 anos para um financiamento de 80 mil euros.

Chega ao fim do crédito e terá pago entre 106 mil e 111 mil euros.

Com taxa variável, chega ao fim das 180 mensalidades e terá pago entre 94 mil e 103 mil euros.

É claro que compensa, sai mais barato um crédito com juro variável, se – e isto é decisivo – a taxa Euribor se mantiver negativa. Se assim não for e começar a subir, pode tornar-se um problema.