Ao que parece, finalmente, os portugueses respiram fundo depois dos anos dificeis da troika e da recessão.

Estamos mais confiantes em relação às nossas perspectivas profissionais e financeiras. Logo estamos mais disponíveis para contribuir para a economia. E abrimos os cordões à bolsa.

Talvez não por acaso, o relatório da Associação das Empresas de Distribuição, confirma que estamos a comprar mais tecnologia. Mais telemóveis, mais tablets, mais televisores de última geração para as nossas salas. Em termos económicos, parece que estamos melhor.

Bem perto do nível 85, que é a média do optimismo na Europa, e à frente da França, Russia, Itália e Grécia.

51% dos 499 portugueses inquiridos já não consideram que o país está em recessão. Uma tendência inversa à que se verifica na Europa. Porque, considerados os 30 mil inquiridos que responderam ao inquérito online em 63 países, pelo menos 1 em cada três europeus acredita que o seu país está em recessão.

Mas mudam-se os tempos, mudam-se as preocupações. E ultrapassadas as dificuldades económicas, é a segurança colectiva que se assume como a grande preocupação dos portugueses.

O terrorismo ocupa agora a quarta posição na hierarquia das preocupações. No ano passado, os ataques de inspiração jihadista atingiram a Europa Ocidental 28 vezes e mataram 148 pessoas.

Desde o início do ano, e até à publicação deste Mundo em Três Dimensões, contabilizam-se 17 atentados terroristas em todo o mundo. Um dos mais recentes e o mais próximo na geografia aconteceu na Catalunha a 17 de Agosto. 16 vítimas mortais.

E estudo da Nielsen foi realizado entre 20 de Maio e 10 de Junho, ainda antes destes acontecimentos. Interessante seria perceber, agora, o que diriam os portugueses com a memória ainda tão recente do duplo atentado que, entre as vítimas, conta duas cidadãs portuguesas.