O Presidente norte-americano assinou três ações executivas com vista a alterar a política de imigração do seu antecessor e reunir famílias de migrantes separadas na fronteira.

“Vamos trabalhar para desfazer a vergonha moral e nacional da administração anterior, que, literalmente – não figurativamente, arrancou crianças dos braços de suas famílias, mães e pais, na fronteira e sem qualquer plano, absolutamente nenhum, para as reunificar e que ainda estão sob custódia”, afirmou Joe Biden na Casa Branca.

Para tal, será criada uma “task force” liderada pelo secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, com elementos de várias agências para supervisionar as reunificações familiares.

O objetivo é reunir as cerca de 600/700 crianças que ainda estão separadas das suas famílias. Entre 2017 e 2018, sob a administração Trump, foram separadas, ao longo da fronteira, pelo menos 5.500 crianças dos adultos que as acompanhavam.

As duas outras ordens executivas assinadas por Biden na terça-feira visam uma revisão das políticas de imigração quem durante a era Trump, reduziram o asilo, desaceleraram a imigração legal para os EUA e cancelaram o financiamento para países estrangeiros.

O Presidente norte-americano propôs ainda legislação para legalizar cerca de 11 milhões de pessoas indocumentadas a viver nos Estados Unidos, mas não é sua intenção provocar um aumento da imigração ilegal na fronteira Sul, referem analistas citados pela BBC.

O governo está comprometido com a construção de um sistema de imigração "moral" e "humano", mas, até que isso aconteça, "não é hora de vir para os Estados Unidos", afirmou a secretária de imprensa, Jen Psaki, na terça-feira, na Casa Branca.