Foi adiada por tempo indeterminado a edição 2021 do Carnaval do Rio de Janeiro. O desfile estava agendado para fevereiro, mas os números crescentes de Covid-19 levaram os organizadores a adiarem a data.

“Chegámos à conclusão de que o evento deve ser adiado. Simplesmente, não podemos fazer em fevereiro. As escolas de samba não terão tempo nem recursos financeiros e organizacionais para deixar tudo pronto”, justificou o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Jorge Castanheira.

É a Liesa que organiza o evento brasileiro mais famoso no mundo. Em conferência de imprensa, na quinta-feira, Jorge Castanheira fez depender qualquer avaliação de nova data da marcação de uma campanha de vacinação. Admitiu, contudo, que junho é uma possibilidade.

"Vamos continuar lutando, buscando alternativas para encontrarmos um projeto nosso que permita que as escolas de samba possam fazer algum processo alternativo aos desfiles que acontecem em fevereiro, para também não prejudicar o Carnaval de 2022”, afirmou aos jornalistas, na sede da Liga.

“Vamos tentar encontrar nos próximos meses alguma solução que seja em outra data. A prioridade nossa é respeitar a questão da segurança", garantiu.

Segundo o Governo brasileiro, a vacinação começará em janeiro de 2021.

Foi em 1912 a última vez que o Carnaval do Rio de Janeiro foi suspenso. Aconteceu após a morte do então ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Rio de Janeiro tem 13 milhões de habitantes e registou, até agora, mais de 15 mil mortes associadas à Covid-19. É também o quarto estado onde se concentra o maior número de infeções (quase 258 mil).

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil totaliza 139.808 mortos e 4.657.702 casos.

O Sambódromo do Rio tem sido, todos os anos, palco para as 13 melhores escolas de samba do Brasil. Assistem ao desfile até 90 mil pessoas, entre habitantes e turistas.