A Boeing anunciou esta segunda-feira a demissão do diretor-executivo. Dennis Muilenburg não resistiu à crise provocada por dois acidentes com aviões do modelo 737 Max.

“O conselho de diretores decisão que uma mudança de liderança é necessária para restaurar a confiança na companhia, enquanto trabalha para reparar a relação com os reguladores, clientes e outros parceiros”, refere a empresa norte-americana, em comunicado.

O presidente do conselho de administração da Boeing, David Calhoun, vai assumir o cargo de diretor-executivo, a partir de 13 de janeiro.

Numa primeira reação a esta medida, as ações da companhia subiram quase 4%, depois de uma queda de mais de 20% nos últimos nove meses.

Incapaz de convencer os reguladores de que os problemas do 737 Max estão resolvidos, a Boeing anunciou na semana passada que vai suspender a produção do modelo, já a partir de janeiro.

A Boeing não vai dispensar trabalhadores durante o período que durar a suspensão do 737 Max.

Os aviões deste modelo deixaram de voar em março deste ano, depois de dois acidentes graves no espaço de cinco meses, na Indonésia e na Etiópia, em que morreram 346 pessoas.

A suspensão dos voos terá custado à Boeing cerca de nove mil milhões de dólares, até agora.