Dez mil e 242 armas foram devolvidas ao Governo da Nova Zelândia em menos de um mês, no âmbito de um programa de recompra lançado em meados de julho, no seguimento de legislação restritiva aprovada após os atentados em Christchurch, na Nova Zelândia, a 15 de março.

A notícia foi avançada pelo “The Guardian” esta segunda-feira.

Após um supremacista branco ter morto 51 pessoas em ataques a duas mesquitas, com armas compradas legalmente, o Governo liderado por Jacinta Arden reagiu banindo a maior parte das armas automáticos e semiautomáticas. Para além disso, reservou cerca de 86 milhões de euros para a sua recompra.

A posse de uma arma proibida é agora punida com prisão entre dois e cinco anos. Estima-se que número de armas em circulação no país ronde os 1,2 e os 1,5 milhões.

Para além destas mais de 10.000 armas, mais 1.269 foram entregues ao Governo no âmbito de uma amnistia para exemplares sem licença, que são aceites sem perguntas aos proprietários sobre a sua origem.

O programa de recompra do Governo neozelandês prolonga-se até 20 dezembro e tem sido criticado por algumas associações de caça e clubes de atiradores, que consideram as compensações baixas e penalizadoras dos proprietários cumpridores.