Há uma linha que separa as duas fronteiras e Donald Trump foi o primeiro presidente dos Estados Unidos a passar para o outro lado.

Trump sugeriu um encontro com o líder da Coreia do Norte, na sequência da visita que fez à Coreia do Sul. O convite foi aceite e aconteceu esta manhã.

Donald Trump chegou à zona desmilitarizada, que separa as duas coreias e depois de cumprimentar os militares da área de segurança conjunta atravessou sozinho a linha de fronteira, num momento histórico e politicamente simbólico, registado pelas fotografias e pelas televisões internacionais.

Nas imagens televisivas ouve-se ainda os dois a cumprimentar-se e a admitir que nunca tinham esperado encontrar-se naquele preciso lugar, que permanece uma recordação da guerra entre as duas coreias, que envolveu ainda os Estados Unidos e a União Soviética, e que oficialmente nunca acabou, pelo que a Coreia do Sul e a Coreia do Norte estão ainda, tecnicamente, em guerra.

Depois de dar alguns passos na Coreia do Norte, o Presidente americano regressou para falar com os jornalistas, dizendo que tinha sido para ele uma honra. “Estava no Japão para o G20 e viemos até aqui. Mandei uma mensagem ao Presidente Kim e sugeri encontrarmo-nos. Pudemos encontrar-nos e atravessar aquela linha foi uma enorme honra. Temos registado muitos progressos”.

Seguiu-se um pequeno encontro a três com o Presidente da Coreia do Sul e, depois, Trump e Kim tiveram um encontro a dois, à porta fechada, que durou pouco menos de uma hora.

No final, numa conferência de imprensa de quase quinze minutos, Trump admitiu que este era um velho sonho seu e sublinhou os avanços que se têm feito para resolver a questão da Coreia do Norte. Questionado sobre a continuação das sanções contra o regime norte-coreano, o Presidente americano admitiu que se manterão, mas que espera que eventualmente as negociações sobre a desnuclearização da Península Coreana, que ambos acordaram reatar, cheguem ao ponto de se poder levantá-las.

Este foi o terceiro encontro entre os dois líderes em pouco mais de um ano.

Donald Trump confirmou ainda que vai convidar o líder da Coreia do Norte para visitar a Casa Branca em Washington.