Uma menina de sete anos morreu de sede e exaustão nos Estados Unidos, depois de ter sido detida com os seus familiares pelos serviços de imigração na fronteira com o México.

A família guatemalteca atravessou a fronteira ilegalmente no dia 6 de dezembro, integrada num grupo de 163 pessoas. O grupo acabou por abordar as autoridades de imigração, para se render, relata o jornal “Washington Post”.

Os nomes da rapariga e dos seus familiares não foram divulgados.

Na manhã do dia 7 de dezembro, já há oito horas num centro de detenção, a criança começou a ter convulsões. A equipa de emergência médica que acorreu ao local encontrou-a com cerca de 41 graus de febre e conduziu-a ao hospital, onde viria a morrer de desidratação e choque, diz o jornal.

A agência que assegura a proteção da fronteira norte-americana costuma fornecer comida e água aos imigrantes ilegais detidos e anunciou que ia abrir um inquérito para averiguar se tinham sido tomadas as medidas corretas neste caso. O hospital onde a menina perdeu a vida não comentou o sucedido.

Na próxima semana está prevista uma audição ao responsável do Departamento de Segurança Interna, que tem jurisdição sobre o caso, e a principal representante do Partido Democrata na comissão judiciária já disse que vai exigir respostas ao que classifica como uma “tragédia”.

A questão da imigração ilegal continua a ser muito sensível nos Estados Unidos. Donald Trump prometeu, durante a sua campanha, ser muito duro para com quem tentasse entrar ilegalmente no país e tem endurecido as medidas de segurança na fronteira.

No verão, a administração prometeu uma política de “tolerância zero”, que incluía a separação de pais e filhos detidos. A medida foi muito polémica e acabou por ser quase totalmente revogada.