O candidato da extrema-direita à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, favorito na segunda volta das eleições presidenciais, apresenta uma "boa evolução clínica", mas ainda precisa de cuidados médicos, diz um boletim divulgado pelo hospital Albert Einstein.

Jair Bolsonaro foi submetido, esta quinta-feira, “à avaliação médica multiprofissional, de exames de imagem e laboratoriais, que se mostraram estáveis", diz um boletim médico daquele hospital de São Paulo, feito por médicos que viajaram até à casa do candidato, no Rio de Janeiro.

"[Bolsonaro] apresenta boa evolução clínica e a avaliação nutricional evidenciou melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia. A colostomia apresenta boa evolução, mas ainda constitui uma limitação relativa", acrescentou.

O candidato pelo Partido Social Liberal (PSL) foi esfaqueado a 6 de setembro, durante uma ação de campanha na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.

Bolsonaro ficou hospitalizado por 23 dias em São Paulo e teve alta apenas uma semana antes da primeira volta das eleições presidenciais, na qual obteve 46% dos votos, contra 29% de seu rival Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), com quem disputa agora a segunda volta.

Desde que foi atingido, o candidato do PSL não tem feito campanhas ativas nas ruas - só fez algumas visitas no Rio de Janeiro - e não participou em nenhum dos debates na televisão programados na segunda volta das presidenciais, cuja votação está prevista para 28 de outubro.

Os 'medias' brasileiros que falaram com o cirurgião do hospital Albert Einstein, Antonio Luiz Macedo, que examinou Bolsonaro no Rio de Janeiro, informam que para o médico, a participação do candidato nos debates depende apenas da vontade própria.

Segundo uma sondagem divulgada na última segunda-feira pelo Instituto Ibope, Bolsonaro lidera a corrida eleitoral com 59% dos votos válidos na segunda volta das presidenciais, contra 41% de Haddad.