Os militantes do movimento espanhol Podemos decidiram que Pablo Iglésias deve continuar como secretário-geral do partido, depois da polémica da compra de uma casa de 600 mil euros.

Segundo a consulta interna, 68,42% dos inscritos votaram pela permanência de Pablo Iglesias e da sua mulher Irene Montero, porta-voz parlamentar do movimento, nos seus cargos, contra os 31,58% que consideraram que deveriam ser demitidos.

Os dados da consulta interna, que contou com o voto de 188.176 pessoas, a mais participada de sempre, foram divulgados pelo secretário do Podemos, Pablo Echenique, na sua conta pessoal da rede social Facebook.

A consulta foi convocada depois da polémica gerada quando foi conhecida a compra, por parte de Iglesias e da companheira, Irene Montero, de uma casa de 600 mil euros, nos arredores de Madrid.

Iglesias criticara o antigo ministro da Economia do PP Luis de Guindos, um dos atuais vice-presidentes do Banco Central Europeu, por ter adquirido uma casa por esse valor, em 2011, numa publicação no Twitter.

O secretário-geral do Podemos optou agora por pedir aos militantes para decidirem se deve ou não continuar à frente do partido, tendo avisado de que abandonaria o cargo, se a participação fosse baixa.

Os militantes responderam à pergunta: "Considera que Pablo Iglesias e Irene Montero devem continuar à frente da Secretaria-Geral e do cargo de porta-voz parlamentar do Podemos?".

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