Onze famílias de diversas partes do mundo, entre as quais três portuguesas, avançaram com uma ação contra o Parlamento e o Conselho europeus por considerarem que a União Europeia (UE) não está a fazer tudo o que está ao seu alcance para combater as alterações climáticas.

As famílias envolvidas neste caso são acompanhadas por associações de defesa do ambiente, que, no caso das portuguesas, é a associação Zero.

“As famílias consideram que o grau de ambição que o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu estabeleceram em relação às emissões de gases com efeito de estufa, que são determinantes para as alterações climáticas, não é o suficiente”, diz presidente da Zero, Francisco Ferreira, à Renascença.

“A Europa pode ir muito mais longe. Isto tem uma influência direta nas consequências que este enorme problema já está a ter nas suas atividades”, prossegue Francisco Ferreira.

Sendo esta uma iniciativa inédita, as famílias e a associação ambientalista portuguesa não sabem que resultados esperar, mas desejam que a mudança esteja para breve.

“O nosso desejo é que a União Europeia venha a alterar as suas políticas e o seu grau de ambição no sentido de nós, já em 2030, e depois nas décadas seguintes, consigamos cumprir integralmente o Acordo de Paris e assim minimizar os prejuízos das alterações climáticas”, confirma o presidente da associação.

Para a Zero, Portugal é um dos países europeus que podem sofrer os maiores impactos associados às alterações climáticas. Em 2017, a ocorrência de secas extremas e grandes incêndios florestais causaram enormes prejuízos humanos e materiais.

Este processo envolve 11 famílias de oito países (Alemanha, França, Itália, Roménia, Gronelândia, Fiji e Quénia). Toda a informação, sobre as organizações envolvidas, o enquadramento legal e político, assim como as suas histórias estão disponíveis na página do “People Climate Case”: https://peoplesclimatecase.caneurope.org/

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