A manifestação agendada para este domingo em Atenas, na Grécia, poderá vir a ser uma das maiores de sempre no país. Isto por causa de uma disputa de décadas que volta agora a estar na ordem do dia: a apropriação do nome "Macedónia" pela República da Macedónia, país nascido depois do desmembramento da antiga Jugoslávia, em 1991.

Os gregos sempre se opuseram à utilização deste nome por parte do novo país por causa da região no norte da Grécia que tem a mesma designação. Esta região faz fronteira com a chamada República da Macedónia. Recentemente, os dois países aceitaram procurar um acordo em negociações mediadas pelas Nações Unidas, o que fez reacender a disputa.

São esperados "mais de 1 milhão e 500 mil gregos" na praça Sytagma, avança à Renascença o jornalista Nikolaos Hidiroglou.

"Estão a caminho de Atenas três mil camionetas vindas de todo o país", exemplifica o repórter que seguirá de perto a manifestação, que aponta para a possibilidade de ser a "maior manifestação na história da Grécia".

O um protesto é organizado pelos conservadores, numa altura em que as sondagens indicam que o primeiro ministro, Alexis Tsipras, está com a popularidade em baixa nas sondagens.

Os gregos saem à rua para mandar uma mensagem ao Governo porque "estão zangados com a política económica e financeira, com a criminalidade fora de controlo", frisa Nikolaos Hidiroglou, e porque "querem dizer basta".

O protesto na capital grega vai contar também com representantes políticos e até com deputados do parceiro de governo do Siryza, apesar dos apelos do executivo à não participação.

O governo fala em "manifestação nacionalista", mas Nikolaos Hidiroglou diz que os organizadores se referem à iniciativa como uma "manifestação patriótica".