O Presidente da Rússia ordenou a retirada da maior parte do contingente militar russo na Síria, durante uma visita surpresa à base de Hmeimim, no noroeste da Síria.

Em declarações à agência noticiosa russa Interfax, Vladimir Putin justificou a decisão, declarando que "em perto de dois anos, as forças armadas russas, em colaboração com o exército sírio, destruíram em grande parte os terroristas internacionais.” Não precisou, no entanto, quantos soldados vão permanecer no país.

Putin foi recebido pelo seu homólogo Bashar al-Assad, que agradeceu a "participação efectiva" da Rússia na luta "contra o terrorismo", afirmando que "o que os militares russos fizeram não será esquecido pelo povo sírio depois do sangue dos seus mártires (russos) se ter juntado com o dos mártires do Exército Árabe Sírio na luta contra os terroristas".

Putin sai mas ameaça voltar

Na quinta-feira, Moscovo tinha anunciado a "libertação total" do território sírio do grupo radical Estado Islâmico, embora a organização 'jihadista' mantenha algumas bolsas de resistência no país. No entanto, Putin já advertiu que “se os terroristas levantarem novamente a cabeça, então atacaremos com uma força nunca vista."

Putin efectuou esta visita durante uma escala na viagem para o Egipto e a Turquia, onde se desloca para trata do conflito do Médio oriente na sequência de decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Em Ancara, Putin e Erdogan devem discutir também a continuidade de projectos de energia. No Cairo, é a cooperação militar que está em cima da mesa, nomeadamente a possibilidade de caças russos utilizarem bases aéreas no Egipto, que também o interesse em comprar armas russas.