Grupos de soldados ocuparam esta terça-feira posições à volta da capital do Zimbabué, no mesmo dia em que o partido no poder acusou o chefe das Forças Armadas de traição.

O general Constantino Chiwenga ameaçou na segunda-feira intervir para acabar com uma purga no ZANU-PF, o partido do Presidente Robert Mugabe, na sequência do afastamento de um alto dirigente.

Cerca de 24 horas depois, um jornalista da agência Reuters viu seis viaturas militares a transportar soldados nos arredores da capital Harare.

A presença de tropas nas ruas e as movimentações de viaturas militares desencadearam rumores sobre um possível golpe de Estado, mas não há qualquer declaração nesse sentido.

O embaixador do Zimbabué na África do Sul, Isaac Moyo, nega que esteja em curso qualquer tentativa derrubar Mugabe e garante que o governo "está intacto".

"Não está a acontecer nada. São alegações nas redes sociais", disse o embaixador à agência Reuters.

Já a representação diplomática nos Estados Unidos diz estar a acompanhar atentamente a situação em Harare.

O Departamento de Estado norte-americano apela a que todas as partes resolvam os seus conflitos de forma "calma e pacífica" no Zimbabué.

O Presidente Robert Mugabe tem 93 anos e está no poder há 37, desde a independência da antiga colónia britânica.

[notícia actualizada às 22h51]

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