Um geofísico português, de 62 anos, foi assassinado em Angola alegadamente por um gangue liderado pelo seu motorista, tendo o corpo sido abandonado na barra do rio Dande, a norte de Luanda, confirmou esta segunda-feira à agência Lusa fonte ligada à investigação.

Os restos mortais da vítima, descobertos a 22 de Maio, foram agora trasladados para Portugal, depois de realizada a autópsia, que, segundo a mesma fonte, revelou que o crime terá sido cometido a 5 de Abril de 2017.

O móbil do homicídio terá sido a subtracção dos cartões de débito e crédito do português, que trabalhava em Angola, após este ter sido forçado a revelar os respectivos códigos, o que permitiu que tivessem sido feitos levantamentos de grandes importâncias das suas contas bancárias.

O motorista, que trabalhava com o geofísico há seis anos, e mais dois elementos do alegado gangue, estão em prisão preventiva, mas os investigadores do Serviço de Investigação Criminal (SIC) suspeitam do envolvimento de outras pessoas neste homicídio.

No sábado, antes de ter sido levantado o segredo de justiça imposta à investigação, o referido Serviço de Investigação Criminal realizou uma reconstituição do homicídio, que, segundo a mesma fonte, terá sido "premeditado e planeado desde 23 de Março", primeiro com o sequestro de Luís de Mendonça Torres e, depois, com o assassínio e abandono do corpo.

O cadáver foi encontrado já em decomposição, depois de um dos suspeitos ter confessado o local onde foi abandonado.