A comissária Cressida Dick da Metropolitan Police actualizou o número de vítimas mortais no ataque de sábado à noite à Ponte de Londres para sete, e confirma pelo menos 48 feridos, todos transportados para o hospital. O ataque começou e acabou em oito minutos, altura em que os três terroristas foram abatidos a tiro pela polícia.
A comissária garantiu que a situação está "controlada", mas que prosseguem as investigações. A prioridade da polícia é trabalhar com a unidade de contraterrorismo e com os serviços secretos britânicos, apontou.
Cressida Dick anunciou que o patrulhamento foi reforçado em várias áreas da cidade, o que implica a existência de mais agentes armados nas ruas.
Está a ser analisada pelas autoridades a necessidade de aumentar o nível de ameaça. "Se sentirmos necessidade de apoio militar, vamos pedir", assegurou a comissária, que não avançou qualquer detalhe acera da identidade dos atacantes.
Três ataques em três meses
Não há ainda reivindicações do ataque, mas celebra-se este mês o Ramadão entre os fiéis muçulmanos. Para a larga maioria, o tempo assemelha-se à Quaresma para os cristãos, mas, entre os fundamentalistas islâmicos, foi dado o sinal para a intensificação dos ataques.
Só no espaço de três meses, morreram pelo menos 34 pessoas em Inglaterra vítimas de ataques terroristas. Em Westminster, na capital, um ataque à entrada do parlamento matou cinco pessoas.
Há dias, em Manchester, no norte de Inglaterra, um atentado num concerto de Ariana Grande fez 22 mortos e dezenas de feridos, incluindo crianças e adolescentes.
Este sábado, em que a tarde esteve agradável em Londres e as ruas estavam cheias, os suspeitos decidiram atacar o Borough Market, um dos mercados ao ar livre mais populares da cidade e que se situa directamente abaixo da Ponte de Londres.
Existem actualmente 500 planos terroristas no país a serem investigados pelo MI5, os serviços secretos britânicos, e um sem-número de “Subjects of Interest” (SOI), leia-se, “pessoas de interesse”. Cinco planos viáveis foram interceptados pelo MI5 desde o atentado em Westminster em Março.
O Governo britânico, liderado por Theresa May, reuniu-se este domingo de urgência. Os principais partidos decidiram suspender a campanha eleitoral para as legislativas, que estão marcadas para a próxima quinta-feira, 8 de Junho.