A saída dos Estados Unidos é uma “machadada” no Acordo de Paris, mas não vai parar o combater às alterações climáticas, acredita Rita Antunes, da associação ambientalista ZERO.

Em declarações à Renascença, Rita Antunes começa por dizer que o anúncio de Donald Trump é uma “notícia triste”.

“A saída dos EUA do Acordo de Paris é grave, é uma machada nas negociações e no acordo com todas as nações de todo o mundo que tinha sido possível em 2015, depois de anos de negociações, de recuos e avanços, depois de o desenho do acordo fosse muito à luz daquilo que os EUA queriam, é uma machadada, mas estamos convencidos que o combate às alterações climáticas e as medidas internas de cada país não vão ser diminuídas por causa desta saída”, afirma a activista da ZERO.

Rita Antunes acredita que, apesar da saída unilateral dos EUA, “o resto do mundo e das nações estão convencidos em combater as alterações climáticas e diminuir as emissões de dióxido de carbono, mas também em aumentar a energia renovável”.

“Neste momento, a energia eólica e solar já são mais baratas como forma de produção de energia do que as ditas convencionais com base em combustíveis fósseis. Por muito que os EUA, como maior poluidor histórico, tenham peso internacional nas negociações, há um caminho que já está construído e que pensamos que não vai parar apesar desta saída e desta triste notícia”, sublinha a ambientalista em declarações à Renascença.