O presidente russo condenou o ataque militar norte-americano à base aérea síria. Vladimir Putin considera que o ataque "violou a lei internacional" e que as relações entre os dois países ficaram seriamente abaladas.

De acordo com o seu porta-voz, Dmitry Peskov, o ataque norte-americano "foi uma agressão a uma nação soberana, sob um alegado pretexto".

Para Moscovo tratou-se de uma "tentativa cínica" de distrair o mundo das morte de civis no Iraque, devido aos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico em Mossul, onde dezenas de civis foram mortos no final de Março.

A Rússia não acredita que a Síria tenha armas químicas e que esta acção dos Estados Unidos vai dificultar as operações. "Esta acção não nos aproxima do nosso objectivo final de combater o terrorismo internacional. Pelo contrário, cria sérios obstáculos para a constituição de uma coligação internacional que visa lutar contra o terrorismo", disse.

"O Exército sírio não dispõe de reservas de armas químicas", afirmou Peskov, recordando que "a destruição do arsenal químico" de Damasco foi verificada pela organização internacional de interdição de armas químicas.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou um ataque contra uma base área na Síria. Um total de 59 mísseis "tomahawk" foram disparados a partir de dois navios de guerra a operar no Mediterrâneo. O Observatório Sírio diz que a base ficou completamente destruída e fala em vários soldados mortos.

Esta operação é uma resposta a um ataque com armas químicas na localidade de Khan Sheikhoun, na província síria de Idlib, no norte da Síria. O ataque químico provocou, pelo menos, 86 mortos e está a ser atribuído ao regime do Presidente Bashar al-Assad.

Os Estados Unidos dizem que a Rússia falhou na sua responsabiliddae de destruir o arsenal químico.