O secretário-geral do PCP manifestou este sábado pesar e transmitiu "solidariedade" e condolências aos comunistas, povo de Cuba e familiares do falecido "camarada" Fidel Castro, acrescentando que a melhor homenagem "é prosseguir a luta" pela "liberdade", "paz" e "socialismo".

"Perante o falecimento do camarada Fidel Castro, o Comité Central do PCP expressa os seus sentimentos de profundo pesar e transmite ao Comité Central do Partido Comunista de Cuba e por seu intermédio a todos os comunistas, ao povo de Cuba, ao camarada Raul Castro e restante família de Fidel os sentidos pêsames e a solidariedade dos comunistas portugueses", disse Jerónimo de Sousa.

O histórico líder cubano, comandante-chefe da revolução de 1959, que depôs Fulgencio Batista e viria a instituir um regime comunista naquela ilha caribenha, morreu na noite de sexta-feira, com 90 anos, às 22h29 locais (3h29 de sábado em Lisboa).

"A melhor forma de honrar a memória do camarada Fidel Castro, é prosseguir a luta pelos ideais e o projecto a que se consagrou até ao fim da sua vida, é fortalecer a solidariedade com Cuba e a sua revolução socialista exigindo o incondicional respeito pela soberania da Ilha da Liberdade, o imediato fim do criminoso bloqueio norte-americano e a restituição ao povo cubano de Guantánamo", garantiu o líder comunista português.

O anúncio da morte de "El Comandante", Fidel Alejandro Castro Ruz, foi feito pelo seu irmão e sucessor desde 2008, Raul, na televisão estatal, terminando com o grito "Até à vitória, sempre!".

"Neste momento de tristeza para os comunistas, revolucionários e progressistas de todo o mundo, o PCP presta homenagem à sua excepcional figura de patriota e de revolucionário comunista evocando o exemplo de uma vida inteiramente consagrada aos ideais da liberdade, da paz e do socialismo", afirmou o secretário-geral do PCP, evocando episódios da guerrilha e da Revolução Cubana, protagonizada por Castro.

“Com os seus companheiros de armas numa epopeia que passou por Moncada e pela heróica guerrilha de Sierra Maestra, libertou Cuba de uma cruel ditadura que enfrentando a agressão e o bloqueio dos Estados Unidos, uniu e mobilizou a energia criadora dos trabalhadores e do povo, na construção de uma nova sociedade liberta da opressão imperialista, uma sociedade socialista solidaria, com a luta libertadora de todos os povos do mundo.”

“A luta, acção e palavra inspirada de Fidel animaram e continuam a animar a luta das forças progressistas e revolucionárias de todos os continentes.”

Jerónimo de Sousa alertou ainda para a actualidade, "depois de importantes avanços de soberania e progresso social na América Latina e Caraíbas, inseparáveis do exemplo e da solidariedade internacionalista de Cuba", considerando que "o imperialismo e a reacção passaram à contra-ofensiva, procurando a todo o custo reverter conquistas e recuperar posições perdidas".

Jerónimo de Sousa fez a declaração na sede nacional, onde decorre encontro dos dirigentes do PCP para preparar o XX Congresso, no próximo fim-de-semana, em Almada.

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