O Governo iraquiano vai investigar os alegados abusos levados a cabo pelas forças de segurança durante uma operação para retomar a cidade de Fallujah, que estava nas mãos dos jihadistas, disse um porta-voz.

O primeiro-ministro, Haider al-Abadi, ordenou a criação de um comité de direitos humanos para avaliar "qualquer violação das instruções de protecção de civis", afirmou Sadd al-Hadithi, na televisão.

O porta-voz adiantou que o chefe do Governo deu "ordens precisas" para haver processos em caso de se concluir haver qualquer abuso.

O principal líder religioso xiita do Iraque, aiatola Ali al-Sistani, divulgou orientações, entendidas como um código de conduta, para as forças que estão a combater o grupo extremista Estado Islâmico, com o objectivo de limitar os abusos.

Autoridades, incluindo o porta-voz do parlamento, Salim al-Juburi, manifestaram a sua preocupação sobre casos de abusos cometidos pelas forças envolvidas na operação de retoma de Fallujah.

Na quinta-feira, Juburi falou de "informação que indicava que algumas das violações tinham sido perpetradas por membros da polícia federal e por voluntários contra civis".

Na sua declaração, o porta-voz do Parlamento não forneceu detalhes sobre os alegados abusos.

Fallujah é uma cidade sunita que fica apenas a 50 quilómetros a oeste de Bagdad e é um dos bastiões do Estado Islâmico mais emblemáticos.