Donald Trump afirmou este Domingo que os impostos sobre as fortunas deviam aumentar, mas que os seus planos económicos terão sempre de ser discutidos com o Congresso, caso seja eleito Presidente.

Em entrevista ao programa da NBC “Meet the Press”, o presumível nomeado dos Republicanos às eleições de 8 de Novembro disse que nos seus planos ficais está prevista uma redução de impostos sobre a classe média e as empresas e um aumento sobre os mais ricos, mas que esta será uma “plataforma” que poderá sofrer alterações durante as negociações com o Congresso.

“Para os mais ricos, acho francamente que vão subir e, sabe que mais, deviam mesmo subir”, afirmou.

Trump, que é agora o único pré-candidato Republicano à Casa Branca, disse ainda na entrevista que é favorável ao aumento do salário mínimo: “Não sei como é possível viver com 7,25 dólares [6,36 euros] por hora”. Mas a questão terá de ser decidida por cada um dos estados, acrescentou.

Esta posição representa uma viragem no discurso do multimilionário, que em Novembro do ano passado defendia que os salários nos Estados Unidos eram “demasiado elevados”.

Num debate com os restantes candidatos republicanos, Trump defendeu que o salário mínimo, há sete anos congelado nos 6,36 euros por hora, era “alto demais” e que o seu aumento atrasava a competitividade do país.

Confrontado com essas declarações, Trump sublinhou que está “autorizado a mudar de opinião” porque “é preciso ser flexível”.