O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, considera que a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tinha a “obrigação” de cancelar a vista de Estado a Washington depois de saber ter sido alvo de espionagem norte-americana.

“Se não tivesse tomado essa decisão, iria ser vista como fraca. Ela tem a obrigação de proteger o povo brasileiro”, afirmou Julian Assange, responsável pela divulgação de documentos secretos da diplomacia norte-americana.

Assange falava através de videoconferência a partir da embaixada do Equador em Londres, na quarta-feira, no final do seminário “Liberdade, Privacidade e Futuro da Internet”, que decorreu na cidade brasileira de São Paulo.

O activista está refugiado na embaixada desde que recebeu ordem de extradição do Reino Unido para a Suécia, onde é acusado de assédio sexual.

A decisão de Dilma Roussef foi tomada na terça-feira e justificada pelas suspeitas de espionagem, por parte dos Estados Unidos, das comunicações entre a Presidente e os seus conselheiros.