A comitiva portuguesa que representou o país nos mundiais de atletismo em Londres deixa a capital inglesa com “uma grande alegria” pelos feitos conquistados por Inês Henriques e Nélson Évora, mas também com alguma “preocupação” quanto ao futuro.

Jorge Vieira, presidente da Federação de Atletismo, quer reflectir sobre a época que terminou e perspectivar a próxima. Para já, a prioridade é descansar e depois sim, pensar nos europeus do próximo ano, em Berlim.

A Bola Branca, desde Londres, o dirigente fala de um acordar “tranquilo” após “o sucesso” alcançado, mas atento ao que deve ser feito para que os êxitos continuem a ser alcançados.

“Alegria e alívio” são palavras que assentam na comitiva que chega esta segunda-feira a Lisboa. Jorge Vieira quer uma “comunhão total” de ideias com os clubes, para que seja mais fácil atingir os objectivos propostos.

O presidente da Federação de Atletismo deixou ainda um reparo à televisão pública, terminada a competição em Londres.

“É a humilhação de uma modalidade que se mede nas medalhas e nos finalistas. Temos um palmarés significativo. Chegamos a um momento como este e o público português não tem direito a ver em canal aberto estes campeonatos. As justificações são sempre de carácter administrativo e economicista. Mas depois adquirem-se direitos de outras competições por milhões”, acentuou Jorge Vieira.