António Fiusa, presidente do Gil Vicente, exige a demissão de Pedro Proença da liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, em carta aberta enviada aos membros da Direcção da Liga e aos clubes e publicada no site oficial do clube de Barcelos.

O clube de Barcelos contesta a reunião da Direcção da Liga do passado dia 15 de Junho, horas antes da Assembleia Geral, em que esta alterou a sua posição face à reintegração dos gilistas já na próxima época.

"Impõe-se a demissão desta Direcção, a qual terá ainda de explicar, se necessário perante os tribunais, a real motivação para as atitudes que tomou, em particular o seu presidente, que foi o agente activo na reunião para a remoção das propostas que se deveriam levar à assembleia geral de modo a aí ser votado o modelo a aplicar às competições para que o Gil Vicente fosse promovido à Liga", pode ler-se na carta.

"Tal deliberação significou um expediente para impossibilitar o Gil Vicente de aceder à Liga na época 2016/2017, sob o pretexto de o Belenenses ter manifestado intenção de recorrer", lê-se ainda.

A presença na reunião do advogado da Liga, Gustavo Pereira, que defendeu aquele órgão no Caso Mateus, é severamente criticada por António Fiusa. "Ditariam os princípios democráticos mínimos que a Direcção da Liga não recorresse ao advogado que viu as posições que sustentou em tribunal serem totalmente invalidadas e consideradas como ilegalidades graves, ou que, pelo menos, tivesse o Gil Vicente a possibilidade de usar do contraditório antes de uma decisão, pois que é um consócio da Liga e com interesse directo na questão".

O presidente dos minhotos "repudia o modo pouco claro e nada democrático" em que foi tomada a decisão de adiar a votação da reintegração do clube e afirma que a Liga agiu "com claro e patente conhecimento e desejo que tal inviabilizasse a integração" do Gil Vicente no escalão principal, já na temporada 2016/17.

António Fiusa critica, ainda, o Belenenses, cuja anunciada intenção de recurso, sublinha, "não parece ter qualquer credibilidade, pois que se tratou de parte que se manteve absolutamente silenciosa durante a maior parte do processo, só despontando para o mesmo após sentença e na sequência do anúncio de não recursos da Federação".