A proposta da Comissão Europeia para retirar Portugal do procedimento por défice excessivo, onde está há nove anos, é uma boa notícia. Como é positivo o compromisso do primeiro-ministro de que não voltaremos a cair no despesismo e nos desequilíbrios orçamentais. Não seria a primeira vez.

A posição de António Costa é importante porque se multiplicam os apelos para repetir a asneira, nomeadamente da parte do PCP e do BE.

Também esta semana se soube que a Zona Euro mantém um bom nível de crescimento, o maior desde há seis anos. É um factor que ajuda a economia portuguesa a exportar e a crescer mais.

Mas a Grécia sofreu uma nova decepção. Esperava-se que na reunião de segunda-feira do Eurogrupo, na qual participou também o FMI, fosse desbloqueada uma “tranche” do terceiro empréstimo-resgate aos gregos. Mas os credores não se entenderam sobre o terceiro perdão parcial da dívida pública grega.

O FMI quer um perdão substancial, até porque, sem ele, não poderá participar no empréstimo-resgate; mas a Alemanha, com eleições em 24 de Setembro, está relutante em perdoar dívidas.

Espera-se que na próxima reunião do Eurogrupo, em 15 de Junho, o problema seja ultrapassado. É que a Grécia precisa de dinheiro para pagar 7,5 milhões de euros de juros que vencem em Julho.

Entretanto, o Parlamento de Atenas já aprovou um novo pacote de austeridade. As pensões foram reduzidas pela 13.ª vez desde 2010 (!) e foi diminuído o número de contribuintes abrangidos pela isenção de impostos.

Houve protestos, greve geral, etc. contra mais austeridade. E no primeiro trimestre deste ano o PIB grego desceu 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2016.

A dívida pública da Grécia já ultrapassa 170% do PIB. Os gregos ainda não vêem uma luz ao fundo do túnel.