No passado dia 2 de Outubro um referendo na Colômbia rejeitou, com 50,2% dos votos, um acordo de paz negociado entre o governo colombiano e os guerrilheiros das FARC. Este acordo, mediado por Cuba, deveria pôr termo a 52 anos de violência e mortandade na Colômbia.

Mas o presidente colombiano, Juan Manuel dos Santos, não se deu por vencido. E as FARC também decidiram manter o cessar-fogo e recomeçar as negociações. Estas resultaram num novo acordo, que – segundo J.M. Santos – responde às principais objecções dos que haviam votado contra o acordo inicial. Não é essa, porém, a opinião do anterior presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que considerou o novo texto demasiado benévolo para os guerrilheiros e solicitou um novo referendo.

Mas não haverá novo referendo. Argumentando com a fragilidade do cessar-fogo, entretanto ameaçado por vários incidentes, J. M. Santos submeterá o acordo ontem assinado ao Congresso (parlamento) colombiano, que provavelmente o irá aprovar na próxima semana. Resta saber como reagirá a opinião pública no país. A paz ainda não está garantida na Colômbia.