Nas Filipinas a droga é um problema sério. Em Junho foi eleito um Presidente, R. Duterte, que declarou guerra à droga e aos traficantes. Só que Duterte manda a polícia matar os suspeitos, sem se preocupar com processos judiciais.

Decerto que, noutros países, a começar pelo México, essa prática inaceitável é por vezes seguida.

A originalidade do Presidente filipino está em que ele elogia aos quatro ventos as “execuções extrajudiciais”, que considera adequadas – pois cerca de 600 mil potenciais suspeitos já se entregaram voluntariamente às autoridades. Duterte tinha usado esse método durante os 22 anos em que presidiu a um município filipino. E quem o elegeu Presidente do país sabia o que ele iria fazer.

Segundo o chefe da polícia das Filipinas (que apoia a política do Presidente) terão sido mortos quase 1.900 suspeitos em menos de dois meses. Defensores dos direitos humanos, a Igreja Católica e a ONU protestaram. Duterte ameaçou sair da ONU – mas foi desmentido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, que desculpou Duterte por este estar “desapontado, cansado e com fome”...