Bernie Ecclestone anunciou, esta segunda-feira, que foi afastado das funções de director-executivo da Fórmula 1, sendo substituído no cargo por Case Carey, um norte-americano que liderava a produtora de filmes "21st Century Fox".

"Hoje fui destituído. É oficial. As minhas funções foram assumidas por Chase Carey", indicou Ecclestone em declarações à publicação "Auto Motor und Sport", adiantando, todavia, que se manterá ligado à Fórmula 1 como uma espécie de "presidente honorário".

Cenário já esperado

Ecclestone já tinha admitido em Setembro do ano passado abandonar as cúpulas da liderança do "circo" de F1 devido a problemas com a Liberty Media, empresa do magnata norte-americano John Malone que comprou os direitos do Mundial da modalidade rainha do desporto automóvel por cerca de sete mil milhões de euros. A venda foi oficialmente aprovada na semana passada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).

O empresário britânico, de 85 anos, mostrou-se então desagradado com algumas das decisões de Malone, sobretudo por ter nomeado Chase Carey como presidente - passando Ecclestone, até então patrão da Fórmula 1, a director-executivo.

"Graças a Deus que não preciso do dinheiro, não preciso de um emprego e, se eu achar que as decisões que estão a ser tomadas não são as correctas, desapareço de certeza", afirmou então Ecclestone.